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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Vida Conjugal

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O princípio da vida comum no lar (1Pe 3:7)
      O apóstolo Pedro, que também fora casado disse com bastante propriedade em sua primeira epístola o seguinte: "Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações" (1Pedro 3:7).
      A Bíblia é um livro maravilhoso e pode ser resumida em três palavras - história, experiência e esperança. Tanto o Antigo Testamento como o Novo seguem esse princípio. Os livros históricos descrevem a história de Deus com os homens; os livros poéticos apresentam as experiências dos homens com Deus; e por fim, os livros proféticos apontam a esperança gerada nesses homens que tiveram uma história e experiências com Deus.
      Sendo assim, a epístola de Pedro está na seção da experiência. Então, quando ele disse aos maridos que vivessem a vida comum do lar, ele se sustentou em sua própria vivência.
      O que, dessa forma, é viver a vida comum do lar? Na sociedade moderna, não são poucas as mulheres que desempenham vários papéis além de cuidar dos filhos e da casa. Algumas trabalham fora, estudam e, quando chegam em casa ainda têm energia para ajustar detalhes domésticos e conferir se as tarefas escolares dos filhos foram ou não feitas.
     O marido, por sua vez, na maioria das vezes, encontra tudo pronto para tão somente desfrutar. A princesa da noite foi uma gata borralheira ao longo do dia. Nesse aspecto, o marido precisa dar-se conta de que deve muita consideração por essa mulher. Quando Pedro falou sobre a vida comum do lar, referia-se as questões práticas, tais como: lavar louça, jogar o lixo fora, organizar seus objetos pessoais, ajudar com as crianças e dizer muitas vezes "Obrigada querida". Esse atos são um encorajamento que a mulher precisa para continuar cumprindo com alegria e destreza sua comissão na vida familiar.
      Um marido cordial, sem dúvidas, cultiva o amor, respeito e admiração a esposa. Este, periodicamente, pode colher frutos do que está cultivando. O uso de frases como: "Por favor", "Como você está linda!", "Como foi o seu dia?", "A comida está saborosa", "Você é um presente de Deus a mim" faz com que a esposa se sinta amada, reconhecida, digna, valorizada em suas atividades e esforço de continuar suprindo a necessidade de seu lar sem qualquer enfado.
      Esse tipo de conduta do marido, por melhorar a convivência, faz com que as orações não se interrompam. Quando há reconhecimento do papel da mulher, esta espontaneamente se dispõe a guardar seu marido em oração. Além do mais, este se sentirá estimulado a também orar e buscá-la para comunhão íntima com Deus.
      Esse tipo de relacionamento permitirá que sejamos herdeiros da mesma graça de vida, pois não pretendemos reinar sem o nosso cônjuge. Antes, sejamos maridos que favorecem o crescimento de vida da esposa, alimentando-a com a palavra de Deus.
      Lembremo-nos de que Pedro disse que a mulher é o vaso mais frágil. Na verdade, o marido é o vaso frágil. Quem nunca experimentou os aconchegantes ombros da esposa depois de um dia difícil? Ser acolhido pelos braços da esposa demonstra que somos frágeis e suscetíveis a errar.
      Por isso, devemos viver essa vida comum do lar com discernimento, tendo consideração pela mulher, tratando-a com dignidade, cientes de que somos herdeiros da mesma graça de vida, de tal forma que as orações não se inerrompam. Amém!

Fonte: Jornal Árvore da Vida - Ano 20 - Número 218 pág 7.


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